Brasil com duas vagas a mais e Libertadores durante a temporada inteira são as principais mudanças; Fifa também sinaliza com possível mudança na Copa do Mundo
Semana passada, fomos todos surpreendidos com algumas notícias vindas da CONMEBOL. A Copa Libertadores, antes disputada apenas no primeiro semestre, seria, já a partir de 2017, jogada durante todo o ano. A final, outrora feita em dois jogos – ida e volta, um no mando de cada um dos finalistas -, passaria a ser jogada em apenas uma única partida, em campo neutro, assim como a Champions League.
Agora, os burburinhos viraram realidade e as mudanças foram oficializadas. Campeonato disputado durante todo o ano, uma pré-Libertadores maior e mais vagas para o Brasil, são as alterações que mais afetam os clubes daqui. A ideia de final em jogo único, por hora, está paralisada, mas voltará a ser pauta para 2018.
As alterações foram feitos no final da temporada e deixaram pontos confusos, principalmente para os torcedores. Então, pensando nisso, resolvemos tentar esclarecer todas as dúvidas dos nossos leitores com algumas respostas.
O que muda para o Brasil?
No Brasileirão, o que antes era conhecido como G-4 (os quatro primeiros, onde estavam os classificados para a próxima edição da Libertadores), agora virou G-6. A vaga da Copa do Brasil permanece igual: o campeão recebe uma vaga direta na próxima Libertadores. A Copa Sul-Americana, que antes dava uma vaga na pré-Libertadores para o campeão, agora passa a dar uma vaga direta à maior competição das Américas.
Além disso, o Campeonato Brasileiro pode ganhar ainda mais vagas. Caso o campeão da Copa do Brasil esteja entre os seis primeiros colocados ao final do Brasileirão, o sétimo colocado ganha uma vaga na pré-Libertadores. O mesmo vale para os campeões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.
Ou seja, se times brasileiros forem campeões da Libertadores e da Sul-Americana e estejam entre os seis primeiros colocados do Brasileirão, podemos ter até um G-8. O mesmo vale para o campeão da Copa do Brasil, que se também estiver na zona de classificação, abre ainda mais uma vaga, podendo virar até um G-9. Isso mesmo, podemos ter 9 das 20 equipes da Série A disputando uma mesma edição de Libertadores.
O que muda na Libertadores?
A única mudança é o número de times na pré-Libertadores. Enquanto antes eram oito times lutando por quatro vagas, agora serão dezesseis jogando pelas mesmas quatro entradas na competição continental. Ou seja, para avançar pela pré-Libertadores, a equipe agora terá de passar por dois confrontos mata-mata, com ida e volta. Algo mais parecido com o que acontece na UEFA Champions League.
As novas regras passam a ser válidas a partir de quando?
Já para a próxima temporada. O que significa que, as alterações na quantidade de vagas para cada país, já passam a ser válidas para o Brasileirão 2016, o que acirra ainda mais a briga por uma vaga na Copa Libertadores.
Quais as chances do meu time ir para a Libertadores?
Segundo informações do site Infobola, até o São Pailo, atual 14° colocado do Brasileirão, tem chances de classificar para a Libertadores 2016. Abaixo, a tabela com as probabilidades, em porcentagem, de cada uma das equipes do Campeonato Brasileiro conquistar a classificação para a próxima competição continental.
Saiba que, para os cálculos, foi levado em conta o G-6 para a conquista da vaga. Caso aconteça de virar G-7 ou G-8, as probabilidades aumentam.
Prováveis mudanças também na Copa do Mundo
O Presidente da Fifa, Gianni Infantino, revelou que planeja aumentar o número de participantes da Copa do Mundo de 32 para 48 equipes.
A proposta do italiano é fazer uma “pré-Copa do Mundo” três dias antes da “verdadeira” Copa começar. Ou seja, 32 das 48 seleções jogariam um jogo para conquistar a vaga na fase de grupos e chegaríamos ao número de 32 times. Depois disso, a competição segue normalmente, como já é conhecida.
“A ideia é que 16 times qualifiquem diretamente para a fase de grupos. Os outros 32 jogarão uma fase preliminar, no país onde acontecerá a Copa do Mundo – eles jogarão por uma das 16 vagas restantes”, disse Infantino.
“O plano da Fifa é desenvolver o futebol em todo o mundo, e a Copa do Mundo é o maior evento para isso. É mais do que uma competição, é um evento social”, completou o presidente da entidade que gere o futebol.